EDUCAÇÃO

Em 20 anos, número de crianças em creche triplica no Brasil, diz IBGE

Em 2022, quase 40% das crianças de até três anos estavam matriculadas na educação infantil. A meta do PNE é atender 50% da faixa etária

Em 20 anos, número de crianças em creche triplica no Brasil, diz IBGE Em 20 anos, número de crianças em creche triplica no Brasil, diz IBGE Em 20 anos, número de crianças em creche triplica no Brasil, diz IBGE Em 20 anos, número de crianças em creche triplica no Brasil, diz IBGE
Em duas décadas, as creches triplicaram as vagas - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Em duas décadas, as creches triplicaram as vagas - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Dados preliminares do questionário de amostra, aplicado em 10% do total de domicílios recenseados no país pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelam que o percentual de crianças de até três anos que frequentam a educação infantil chegou a 33,9%, em 2022. A base é o Censo Demográfico daquele ano.

A taxa é 3,6 vezes maior do que a observada no Censo 2000, que foi de 9,4%. Em 2010, o percentual era de 23,5%. Apesar do avanço, o país ainda não atingiu as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). O documento prevê atender a pelo menos metade das crianças de até esta idade, em creches e escolas até este ano.

O relatório ainda demonstra que apenas 646 dos mais de 5.500 municípios brasileiros atingiram a meta. Em relação às regiões, Sudeste e Sul estão acima da média nacional, com 41,5% e 41%, respectivamente. Em seguida, abaixo da média nacional, aparecem Centro-Oeste (29%) e Nordeste (28,7%). Com uma taxa de apenas 16,6%, menos da metade da média do país, o Norte aparece em último lugar.

Ainda de acordo com o Censo 2022, o percentual de crianças de quatro a cinco anos na escola, que também apresentou avanços, ando de 51,4% em 2000, para 80,1% em 2010; e para 86,7%, em 2022. Nesta faixa etária, a desigualdade regional é menor, com quatro regiões acima da média: Nordeste (89,7%), Sudeste (88,9%), Sul (86,7%) e Centro-Oeste (80,5%). O Norte, mais uma vez, aparece na última posição mas com uma taxa de 76,2%, bem próxima da média.

A meta do PNE para esta faixa etária, de universalização do o à educação até o ano que vem, tampouco foi atingida.

“A gente está se aproximando dessa meta, mas ainda não atingimos 100%”, afirma a pesquisadora do IBGE Juliana Queiroz.

A pesquisa ainda revela que o percentual de frequência de crianças acima de seis anos e de adolescentes até 17 anos também cresceram em dois anos. As crianças de seis a 14 anos na escola aram de 93,1% em 2000 para 98,3% em 2022. Já os adolescentes de 15 a 17 anos matriculados aram de 77,4% para 85,3%.