AGENDA AMBIENTAL

RS vai receber primeira planta de produção de biometano com resíduos sólidos urbanos

Esta é a primeira planta do tipo no Estado e terá investimento de cerca de R$ 140 milhões

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Minas do Leão vai receber primeira planta de produção de biometano com resíduos sólidos urbanos. Foto: Igor Almeida/Ascom Sema
Minas do Leão vai receber primeira planta de produção de biometano com resíduos sólidos urbanos. Foto: Igor Almeida/Ascom Sema

A primeira planta de produção de biometano em grande escala no Rio Grande do Sul a partir de resíduos sólidos urbanos será instalada no Município de Minas do Leão. A entrega da Licença de Operação (LO) foi feita aos representantes da empresa Biometano Sul em cerimônia no Palácio Piratini, nesta quarta-feira (09), e contou com a participação do governador Eduardo Leite.

O investimento é de cerca de R$ 140 milhões e vai operar no Complexo Tecnológico da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), com capacidade instalada de gerar 66 mil m³ de gás natural diariamente, o equivalente a 9.2 mil botijões de gás de 13kg.

Na ocasião, o governador reforça que a ação integra uma série de às estratégias do RS de redução e mitigação de emissões de gases de efeito estufa.

“Essa licença mostra como Estado e setor privado podem caminhar juntos por um objetivo comum: construir um Rio Grande do Sul mais forte, moderno, limpo e eficiente. O investimento realizado aqui é resultado de uma agenda que aposta na sustentabilidade como vetor de desenvolvimento, com segurança jurídica, planejamento e ação integrada”, afirmou o governador.

A secretária do Meio Ambiente e Infraestrutura, Marjorie Kauffmann, também presente, reforçou o impacto positivo da iniciativa, que tende a diversificar ainda mais a matriz energética do Estado.

“Por ser um gás renovável, o biometano alinha-se à agenda climática do governo do Estado, conectada pelo Proclima 2050, política que abarca todas as medidas de mitigação, adaptação e resiliência climática do governo. Além de energia limpa, o processo trará maior eficiência energética e influenciará na diversificação da nossa matriz elétrica”, pontua.

O biometano é produzido a partir da purificação do biogás gerado pela decomposição de matérias orgânicas, como o lixo urbano que é destinado aos aterros sanitários, e pode ser utilizado como combustível para veículos, aquecimento, geração de energia e processos industriais.

O diretor-presidente da CRVR, Leomyr Girondi, destacou que a CRVR é a única empresa a possuir esse tipo de tecnologia — de produção de biometano a partir de aterros — no Rio Grande do Sul.

“Esses projetos demonstram que podemos crescer de forma responsável, utilizando soluções inovadoras que respeitam o meio ambiente e contribuem diretamente para a qualidade de vida dos gaúchos”, complementou Girondi.

Por fim, secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos lembra o potencial do projeto também na geração de empregos e no fomento a uma economia verde.

“Esse é mais um o decisivo na transição energética gaúcha, unindo inovação, sustentabilidade e desenvolvimento regional. Essa conquista é resultado de um trabalho construído com seriedade e visão de futuro. O biometano tem uma pegada ambiental poderosa, com potencial para transformar resíduos em energia limpa, gerar empregos e uma nova economia verde para o nosso Estado”, finalizou.

Estiveram presentes ainda no ato de entrega o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ernani Polo, e o presidente da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Renato Chagas.