Os funcionários da Tomé S/A paralisaram as atividades na manhã desta terça-feira, dia 09, em Caxias do Sul. Os trabalhadores do terceiro turno, durante a madrugada, também já haviam se mobilizado diante do fato. Nesta manhã, cerca de 100 pessoas cruzaram os braços e não entraram na empresa.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Claudecir Monsani, esta não é a primeira vez que os patrões deixam atrasar os salários dos colaboradores.
“Chega o período de pagamento e a empresa traz estas dificuldades para os trabalhadores. Trabalha o mês inteiro, inclusive fazendo hora extra, sempre saindo carretas… É difícil entender como não tem dinheiro uma empresa que está produzindo tanto. Fica complicado para o trabalhador estar todo mês atrasando conta, tendo dificuldade de botar alimento dentro de casa para a família e a empresa não cumpre e vai jogando pra frente. Não é assim. Existe uma legislação no país e precisamos cumprir ela”, salienta.
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Conforme Monsani, os cerca de 200 funcionários que atuam nos três turnos da fábrica só devem voltar ao trabalho assim que o salário for pago.
“Eles fizeram uma proposta de pagar uma parte hoje e outra amanhã do salário, mas eles – funcionários – não aceitaram. Não confiam mais no que a empresa colocou. Eles não tem confiança nenhuma na palavra dele porque em outros momentos eles prometeram e não cumpriram”, completa o presidente do sindicato.
A Tomé S/A Indústria de Auto Peças é a maior fundição de ferro do Rio Grande do Sul e uma das maiores fabricantes de tambores de freio do mundo. Atualmente, a empresa entrou em processo de recuperação judicial, com uma dívida estimada em R$ 40 milhões. Em 08 de fevereiro deste ano, a fábrica teve alguns setores interditados por irregularidades, que foram solucionadas.
