Os servidores públicos rejeitaram a proposta apresentada pela comissão da prefeitura de Caxias do Sul para o reajuste salarial de 2025. Segundo a categoria, o índice sugerido não garante a recomposição necessária frente às perdas acumuladas, especialmente diante do cenário fiscal atual. O Sindiserv destaca que a participação da despesa com pessoal na receita tributária líquida em 2024 atingiu 44%, o que, segundo os trabalhadores, demonstra a viabilidade de uma proposta mais justa.
Diante da insatisfação, os servidores definiram nesta sexta-feira (16), pelo estado de greve e anunciaram uma paralisação para a próxima segunda-feira (19). Neste dia, eles realizarão nova assembleia, marcada para as 14h, quando decidirão os próximos os do movimento.
O clima entre os trabalhadores é de mobilização e cobrança por valorização. Eles exigem que o município reabra as negociações e apresente uma proposta que respeite, segundo comunicado, a realidade orçamentária e a importância dos serviços públicos.
A paralisação de segunda-feira deve afetar diversos setores, e o sindicato da categoria já organiza ações de mobilização para reforçar a pressão por avanços nas negociações.
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A proposta
A Comissão de Negociação do Executivo apresentou a proposta aos representantes do SIndiserv. Referente à campanha salarial, o projeto era de ganho real de 1% a ser pago na folha de setembro. Esse índice, conforme a prefeitura, representa o limite de viabilidade orçamentária do município. Para isso, será necessário minimizar os impactos financeiros da quantidade elevada de horas extras do município necessitando o empenho de cada servidor a fim de manter o serviço prestado à população.
Reestruturação de Cargos e Salários
No que diz respeito ao projeto de lei de reestruturação de cargos e padrões salariais, a proposta da istração é que a implementação ocorra de forma escalonada, com aplicação de 10% em agosto de 2026, 15% em 2027, 2028 e 2029, e 22,5% em 2030 e 2031. A efetivação dessa proposta está condicionada à proposta de implementação de medidas de ajuste financeiro, entre as quais destacam-se a redução de horas extras, ampliação da carga horária na saúde e assistência e outras iniciativas que serão apresentadas à categoria no início de setembro, antes do envio do projeto à Câmara Municipal para apreciação.
Equivalência do Auxílio-Alimentação
Além disso, a equivalência do auxílio-alimentação ao dos servidores da Câmara também faz parte da proposta, que já foi apresentada e aceita pela categoria. O valor atualizado do auxílio-alimentação será de R$ 949,52 (valor bruto), resultando em R$ 854,57 (líquidos), o que representa um acréscimo de R$ 94,82 (brutos) e R$ 85,34 (líquidos) para todos os servidores ativos beneficiários, sendo esse o maior aumento real já realizado no auxílio-alimentação pelo município.
