POLÊMICA

Vereador de Caxias do Sul contesta obrigatoriedade da vacinação de crianças contra Covid-19

Fantinel afirmou que o imunizante contra a Covid-19, por ser recente, não ou pelo mesmo tempo de desenvolvimento e testes das demais vacinas. Cidade terá audiência pública sobre o tema na segunda-feira (16).

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(Foto: Pietra Lima/Divulgação)
(Foto: Pietra Lima/Divulgação)

O vereador Sandro Fantinel (PL) levantou questionamentos sobre a obrigatoriedade da vacinação contra a Covid-19 em crianças, durante a sessão ordinária desta quarta-feira (11), na Câmara Municipal de Caxias do Sul. No grande expediente, ele declarou preocupação com possíveis efeitos de médio e longo prazo da vacina e afirmou que ainda faltam estudos suficientes sobre os riscos à saúde infantil.

Fantinel afirmou que o imunizante contra a Covid-19, por ser recente, não ou pelo mesmo tempo de desenvolvimento e testes das demais vacinas que integram o calendário obrigatório. Segundo ele, as vacinas tradicionalmente obrigatórias contaram com décadas de pesquisa antes de chegar à população, o que não ocorreu com os imunizantes contra o coronavírus. O parlamentar cobrou mais avaliações sobre os possíveis impactos do fármaco, especialmente entre as crianças.

Durante seu pronunciamento, Fantinel convidou colegas parlamentares e a comunidade em geral para participar de uma audiência pública marcada para segunda-feira (16), às 19h30, no Plenário Nadyr Rossetti. O evento vai discutir a vacinação infantil contra a Covid-19 e sua obrigatoriedade. A Câmara vai transmitir a audiência ao vivo pelo canal 16 da NET e pelas redes sociais do Legislativo.

Declarações e Controvérsias

O vereador também citou declarações do infectologista Francisco Eduardo Cardoso, que criticou a vacinação compulsória para crianças durante o pico da pandemia. Segundo o médico, a faixa etária infantil não integrava o grupo de risco apontado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e o cenário epidemiológico da época não justificava a obrigatoriedade.

“A OMS não exige essa vacinação, mas o Brasil cria uma lei para obrigar”, disse Fantinel, ao criticar a política pública adotada pelo governo federal.

A audiência pública da próxima segunda-feira pretende reunir representantes da área da saúde, especialistas, vereadores e cidadãos para ampliar o debate sobre o tema.